Editorial: Humanos ciborgues

      Humanos ciborgues Força sobre-humana, implantes que adicionam novas funções ao cérebro, capacidade de enxergar no escuro. Tudo isso é real e está sendo desenvolvido em laboratórios de pesquisa. Atualmente ainda há uma grande controvérsia a respeito disso, mas já é possível encontrar pessoas que optam por trocar um órgão saudável por uma versão artificial com novas funções.
      Pensando a respeito, podemos nos perguntar: há limites éticos para o desenvolvimento científico? Até que ponto o ser humano será capaz de se submeter a uma cirurgia desnecessária para trocar um órgão perfeito e saudável? Essa nova tecnologia pode até ser comparada com uma evolução da cirurgia plástica: criada para reparar danos no corpo, porém muito utilizada para encaixar um corpo saudável nos moldes estéticos atuais.
      O termo ciborgue refere-se a um organismo cibernético, ou seja, um organismo dotado de partes orgânicas e cibernéticas. Na realidade, ciborgues são pessoas que utilizam tecnologia cibernética para reparar ou superar deficiências físicas e mentais em seus corpos. Porém, isso poderá ser superado, e encarado como uma “evolução” humana, de início muito cara, podendo criar mais desigualdades e separar mais ainda a raça humana.
      Como toda mudança radical, serão necessários longos debates éticos para ser decidido, através da maioria, o que é socialmente aceitável ou não, algo que ocorre hoje nos campos da clonagem, por exemplo. Talvez seja encontrado um ponto de equilíbrio, ou o mundo acabe sendo drasticamente dividido pela tecnologia: aqueles que podem comprá-la, e os que não podem. 


Giovana mB

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